segunda-feira, 7 de abril de 2008

Auto-imagem


Eu de mim sou só um farrapo,

Que o tempo desgasta e vergasta.

Me põe cada vez mais para baixo,

Pra que então não pense, mas haja!


"Reaja" ouço o vento sibilante,

na soleira do ouvido terceiro.

Escuto, assim, mais um instante,

Deveras, esse riso é traiçoeiro.


Eu sei como é que tu me queres,

Silente, um quase morto por inteiro.

Mas que vão dizer os pensadores?


Dirão que me faltam os amores,

Que me faltam na vida os sabores...

Visão – Liberdade – Primeiro.



L. Janz

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