terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Um sonho do Sonho


Óh, mente da minha mente!

Oh, tu, grande paz q não se vê...


Eu não quero mais morrer sem ao menos ter nascido...

Não quero mais viver se não for pra ser morrido...

Eu não quero o meu querer que é um querer não querido...

E não quero mais o ver posto que o visto é sem sentido...


Sim eu quero; eu quero o fim do fim que é sem sumiço...

Sim, eu quero; eu quero o total descompromisso...

Sim, eu quero; eu quero o que ressoa em uníssono...

Sim, eu sei; eu sei que não me esmero mas preciso...


O som, a voz, a palavra, a imagem-pensamento...

De dentro, lá dentro nasce a emoção que nos arrasta...

Uma corrente forte, de aço; um nó que não desgasta...

Vergasta a mente humana e se ri de que não basta...


A vida passa e nós passamos no sonho passado...

A vida canta e nós choramos delirando acordados...

A morte chega e despertamos então atrasados...

A morte passa e nós voltamos, denovo enganados...


O porque do porque não se sabe e não se viu...

A resposta da resposta, quando veio, partiu...

O eu que a si continha, de repente, sumiu...

Quando a paz que se não tinha, sozinha, surgiu.



L. Janz - 07/2006

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