domingo, 24 de julho de 2011

Da Revolução Digital - Uma piada




Enquanto o mundo lá fora se dissolve pela nossa colaboração na incurável neurose do desenvolvimentismo consumista, nós aqui, os privilegiados “monstrinhos” da classe média, continuamos a fazer a única coisa que sabemos fazer (inócua) para haja alguma real transformação no mundo: fazemos média.

Surfando de notícias em notícias pela nossa mui incrível liberdade virtual (um paradoxo absurdo?) e sendo por elas mesmas limitados/fabricados, pensamos nós, os alienados da cultura digital, que o quanto mais cliques disso e daquilo e estamos a fazer uma “grande” diferença para a construção do “novo mundo”.

Parece mesmo que não temos conseguido perceber a dimensão de tal estultícia. É muito comodo e até mesmo consolador, porque, se de um lado continuamos diarimente a fazer absolutamente as mesmas coisas de sempre (o cotidiano besta que nos mata a todos) por outro lado, fingimos ter alguma atuação efetiva, através da rede, como que a redimir-nos dos pecados mediante cotas de salvação via bits contabilizados.

Eu, aqui, de pronto assumo a minha idiotice no conjunto da obra. Temos sido todos ingênuos o bastante, quando não hipócritas mesmo, a fazer acreditar que essa “merda” está realizando de fato alguma diferança que se preste. Consciências embotadas, esse é o último recurso que nos cabe frente ao mais que inóspito cenário mundial que temos conjuntamente estabelecido e propagado através dessa medíocre cultura “ocidental”.

“Oh.. Mas isso é pintar um cenário por demais pessimista”, diria a maioria dos defensores da mesmice. Pois eu lhe digo que isso é tétrico. Nossas vidas teem sido de uma mesquinhez inqualificável, e desse modo, contribuido para a maior catásfore que nem o mais genial dos cérebros deste planeta jamais sonhou... Vocês ainda duvidam que estamos a viver o fim dos tempos para nossa “querida” raça humana??

Não temos sabido fazer outra coisa que não rodar neste caos, bem como fazem aqueles nossos miseráveis ratinhos de laboratório. Esta mesma ciência que nos trouxe incríveis avanços técnicos está a nos matar numa velocidade jamais concebida.. O inominável buraco-negro, inicialmente descoberto lá “fora”, lá longe no espaço e depois recriado em ultra-laboratórios do mundo, agora se faz replicado em nosso contexto socio-cultural.

Não duvide de que o muito que estamos a engendrar neste período da história seja precisamente um sumidourou psico-social de proporções megalomaníacas, o qual sem dúvida está sendo invejado mesmo por alienígenas noutros “cantos” deste imensurável multi-verso. “Como é que eles conseguiram chegar a esse ponto e ainda assim, inadvertidamente, tomar isso tudo por uma ótica de progresso?”; “Estes tais seres humanos são realmente entidades muito bisonhas e indecifráveis”.


Leonardo Janz, 24-07-11

Um comentário:

  1. muito banaca cara!

    Verdade é Verdade ate debaixo d'água

    que ela seja dita, revolução não existe na internet"

    daora cara continue assim!

    abraços

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