sábado, 29 de outubro de 2011

Tempos em tempos




O Tempo do caminho é de infinitos descaminhos pelos quais todos trilhamos em busca daquele único dia sem tempo; dia em que tudo e todos “desaparecem” em função do encontro eterno das almas...

Deste tempo tem-se tempos muitas vezes difíceis e bastante doloridos.. Tem-se tempos de espera, tempos de tristeza, de solidão, tempos de perdas, desconfianças, de escuridão, doenças e de recomeços...

Do tempo que se deseja é daquilo que não se tem... É também o tempo dos sonhos que se buscam, sozinho ou com alguém, mas que não raras vezes aflige...

No tempo em que se quer compartilhar é do tempo de estar junto.. Sentir-se querido.. Dar amor e ser amado.. Ser sempre atendido.. Independentemente do tempo; seja no clima, seja outrossim, no relógio...

Neste tempo em que escrevo é o tempo em que agora, chove lá fora, e sobram nuvens neste meu coração. De seco á molhado, o pulsar do sentimento que me supera, me gera um ritmo, assim, descompassado...

De tempos em tempos e não sabemos do quanto se vale ou realmente do quanto que se quer... Contam-se então os segundos como se fossem horas, e as palavras como se possuíssem um peso mortal...

Tempo do relógio que não passa.. Tempo instável lá fora como dentro.. Tempo psicológico.. Biológico.. Tempo de fé, de amor ou da falta dele... No tempo de hoje, eu sinto muito mesmo o tempo de cada um...

Temporalmente assim nós seguimos... Almas pequenas... De passados e de futuros... De programas e de escudos... De relógios, confusão, anseios, agendas e projeções... Quisera já fossemos do presente... Aqui e agora... Sem sombras, inteiros, amorosos – nunca ausentes.


L. Janz, 29/10/11

4 comentários:

  1. Olá

    Gostei muito do seu blog, as mensagens são ótimas e nos inspiram a pensar...

    Paz

    Talita

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  2. Leo, há muito tempo que não venho aqui (e não tenho do a muitos lugares mesmo)...Mas, cara, parabéns! O texto é lirismo e misticismo mesclados, muito bom!

    Seu texto me faz lembrar do que meditaa o teosofista Figaniére a respeito do Tempo e da Eternidade. Ele dizia que a Eternidade é o Eterno-Agora, o nexo entre a percepção da passagem de um segundo a outro, que nos escapa sempre, escorrendo pelos olhos, eternamente...escorre pra onde? Escorre pra dentro de si, daquele intervalo entre um segundo e outro que nunca conseguimos fotografar mentalmente...

    Abço e a Paz!

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  3. "O único problema dos humanos é que, o que eles sempre procuram e pelo que sofrem por vidas inteiras, simplesmente não está lá."
    Reflexões #Zen

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