sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Morte




Uma mente que treme, duas mentes que mentem; várias mentes que temem, treme o mundo da gente.... É o humano que sente; é o humano que finge.. É o humano vigente. Humanidade deformada.. Transição; intransigente.

Há sempre muita dor no ente que se perde. Há sempre muita dor naquele que escapa. Há deveras muita dor, pois cada dia, mais sem alma... Nossa morte redentora bate á porta.

Transumanos que se diga, nós já somos. Perdidos entre planos já estamos. Na verdade e no desejo, flutuamos... Paraíso e inferno – Efêmero, tristonho.

Quem morrer verá para contar. Quem viver, fará as vezes de contado. Bit a bit está a besta ao nosso lado; a boa morte não se mostra pela testa.

Uma escrita, um passeio, um contato e a visão. Um olhar, um devaneio, a desdita, perdição.. Em tudo e em cada passo nos condena... Tradição.

Para onde e por que; para quem, para quando... Não há tempo. De momento a momento, tudo é motivação. Verdade e mentira; sucesso e desgraça; realidade e aparência.. Amor – fuga – erotismo – danação.

Pós-moderno modernismo... Fama, nome; o desejo que consome... Todo um mundo que arde em chamas... Labaredas de chagas abertas que não cessam.. Evolução, rapidez, sensações, competição e mais “progresso”.

Recesso e regresso. Cese a mente do mundo que é tempo do fim. Não há nada, cá pra nós; não existe, algures, mim. É assim que a impermanência nos perpassa... Sem graça... Somente de vazios é que tudo se ilumina e se preenche.


LJ, 25/11/11, as 03:58

Um comentário:

  1. Cada um morrendo a sua morte. Caminhamos para ela, e não há como fugir, como negar... ela perpetua nossa existência e tudo que trazemos (como bem carregas nesse poema/texto)com ela.

    Interessante como iluminas,lindamente, as tuas mortes Leo!

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