Seguimos dissolvendo cada um e todos nós...
Sem voz e a cada passo mais o mundo se consome...
Pela fama, pelo nome e nos matamos na ilusão...
Com razão, essa é que é a nossa tragi-comédia...
Sem verdade e coração, endeusamos a tragédia...
Um mundo torpe... De mentes do lixo e de almas vazias...
Um mundo podre, onde a virtude maior é a covardia...
Não há esperança nessa vida em que tudo
E onde todos são “coisas” vendidas... Mercadoria...
Existências sem sentido em que sobrevive-se da morte...
Prevalência do hedonismo em que cegos vão sem norte...
Sorte dos que se deixam morrer voluntariamente...
A brava fé num belo futuro é já um quase-absurdo...
Em levas de zumbis eles nos tragam, sem rumo...
Naufragamos todos juntos... Coletivo afogamento...
Destino que se mostra obscuro e obsoleto... Sinta o cheiro...
Desses guetos, de cinzas e esqueletos que já se avizinham...
Brevidade do caminho... O caos, no fim, é nosso amigo...
Não sejais falsos a propagar dum paraíso... ...
O único juízo que ainda nos resta é o do Nada...
Vai no fio da navalha que os deuses não se riem...
Desintegra-se a dimensão que se alarga.
L. Janz, 10/11/11
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